A verdadeira Epidemia
Nas últimas semanas, o mundo se encontra alardeado com a possibilidade do surgimento de uma nova doença que poderia se alastrar pelos 5 continentes e causar milhões de mortes. Em muito se comparou a gripe espanhola de 1918, que após a 1a. Grande Guerra devastou a Europa e matou mais de 20 milhões de pessoas em todo mundo.
Em um mundo onde o movimento de pessoas está mais fácil e a concentração de pessoas está muito maior, o impacto de uma grande gripe poderia ser fatal e matar muito mais do que a gripe espanhola.
Por outro lado, o medo de descontrole e a desinformação geram crises sem precedentes. Em 2005, houve um surto da gripe aviária que mesmo não tendo se alastrado e nem mesmo comprovação de contágio em humanos foi divulgado como um grande problema mundial e no fim, não passou de mais uma forma de gripe. Em meio a desinformação, o pânico sempre prevalecerá.
Mas por que escrever sobre isso? Porque ao mesmo tempo que a gripe atinge mais de 8.500 infectados em todo mundo (Números de hoje vistos no jornal Estadão), há outras doenças que matam muito mais em menos tempo e até mesmo em espaços territoriais menores.
Neste ano de 2009, o Estado da Bahia apresenta um surto de dengue onde em reportagem do Terra (ver link) houve 49 mortes, com mais de 60 mil casos detectados. Em 2008, o Rio de Janeiro registrou mais de 127 mil casos da doença com 106 mortes confirmadas e algumas mais suspeitas. Como sabemos, a dengue é causada pela picada do mosquito Aedes aegypti e suas larvas se proliferam em locais úmidos e com água parada. Não existe vacina eficaz no combate específico dessa doença, mas se cuidado logo que os sintomas aparecem, o quadro pode ser revertido.
Não entrando em méritos, a gripe suína deve ter toda atenção das autoridades como aparentemente tem sido feito. Mas a atenção a população não deve ser apenas porque poderia ficar mal para o país ter surtos e ser alvo de preconceito como tem sido feito com os mexicanos, mas sim para demais doenças que não são surtos e sim recorrentes no nosso dia-dia.
A desinformação causa pânico e a população quer atenção todos os dias e não "surtos" de atenção.
decoccp,
ResponderExcluirAcho que a grande questão não é comparar epidemias, surtos ou males da saúde: cada um é um problema e tem suas razões e consequências. Quanto menos problemas e menos graves, melhor, certo?
Independente de outros problemas que já acontecem há muitos anos e dependem de uma série de ações - dos governos e da população -, essa nova gripe pode ter um controle muito mais eficaz se tiver os cuidados logo no início. e o governo chamou a responsabilidade pra si e tem resolvido bem a coisa, tanto que os casos aqui têm estado num nível bastante estável.
Não dá pra resolver tudo de uma vez só, mas até a dengue tem tido resultados melhores. Li uma matéria, outro dia, que dizia que os casos diminuiram muito em vários estados, na maioria das regiões do brasil. Não sumiu de vez, mas já é uma melhora!
Com certeza estais certo, mas a intenção é mostrar que se a atenção dada nesse exato momento na prevenção fosse feito antes com a dengue (um exemplo apenas) poderíamos ter evitado muitas mortes.
ResponderExcluirÉ, mas na midia é assim mesmo, umas poucas pessoas definindo o que nós devemos prestar mais atenção ou menas atenção.
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